Polar

polar

Lançado Diretamente no Netflix no Brasil e nos EUA. Polar é um filme muito problemático. O seu primeiro ato é extremamente irregular, com o filme focando no personagem de Mads Mikkelsen iniciando sua aposentadoria, onde o filme adota um tom sóbrio e que parece querer abraçar um clima melancólico. Só que também acompanhamos a equipe que quer eliminar o protagonista, e acompanhar isso é uma tarefa muito difícil, quase uma tortura, já que a direção abraça um tom caricato e estilizado ao extremo (e que se reflete também na fotografia, no design de produção e nos figurinos, entregando sua origem dos quadrinhos e que afeta também as atuações) e que por vezes chega ao extremo mau gosto devido à violência extrema e gratuita chegando a usar a morte acidental de um cachorrinho como piada. É no primeiro ato também que Polar parece querer muito ser engraçadinho (não é) e ainda utiliza letreiros coloridos para apresentar seus personagens (uma influência de Esquadrão Suicida).
Felizmente, o filme melhora muito quando a ação finalmente começa (que é o momento que os contratados para eliminar o protagonista se encontram), onde finalmente podemos ver as habilidades do personagem de Mads Mikkelsen, é um momento tão sensacional, absurdo e divertido onde a caça vira caçador que promove uma mudança radical no filme (afinal, a sobriedade e a caricatura colidem de vez) e onde o filme finalmente assume a tarefa de ser um filme mais simples e direto. É uma pena que isso leve uma hora para acontecer (e num filme de ação, isso é um crime), e essa metade inteira do filme é tão desnecessariamente longa que o filme merecia uma tesourada na edição para ser bem mais direto (não precisávamos de longos minutos com os assassinos novatos), não à toa que quando a ação começa o filme acelera tanto em ritmo que faz o filme passar bem mais rápido que todo o início. Além disso, o filme cria um final broxante e anticlimático (não temos um confronto final com o vilão do filme), mas que é compensado com uma interessante reviravolta.
Polar é um filme que certamente é enfraquecido por sua irregularidade, mas que vira uma diversão bacana quando finalmente vira a diversão que já deveria ter sido desde o início. Contando com boas atuações (Mads Mikkelsen arrebenta como um anti-herói e o ator evoca uma forte presença de cena, além de surpreender nas sequências de ação, Vanessa Hudgens surpreende como uma personagem traumatizada e Matt Lucas é fraco como vilão), uma direção irregular (que pega muito emprestado da franquia John Wick), uma ótima fotografia e design de produção (que utiliza cores fortes e estilizadas para os vilões e cores mais frias para o protagonista e a personagem de Vanessa Hudgens), um bom design de som, ótimas sequências de ação (a sequência da cabana que Duncan praticamente mata quem o perseguia é espetacular ao mostrar as habilidades do personagem em derrotar cada capanga e o que falar sobre como ele dizima todo mundo sem pegar em uma arma), uma história envolvente e tensa, enfim, é um bom filme. Baseado na Graphic Novel de Víctor Santos. No Elenco de Primeira do Filme está: Mads Mikkelsen (Rogue One: Uma História Star Wars e Doutor Estranho), Vanessa Hudgens (A Princesa e a Plebeia e Sangue No Gelo), Katheryn Winnick (Roubar é Uma Arte e seriado Vikings), Matt Lucas (Inquilino Desajeitado e Alice No País Das Maravilhas 1 e 2), Johnny Knoxville (Fora Do Rumo e Elvis e Nixon) e Richard Dreyfuss (A Última Gargalhada e Do Jeito Que Elas Querem). E na Direção está: Jonas Åkerlund (Inquilino Desajeitado e Os Cavaleiros Do Apocalipse).
Nota: 8!!!!
Status do Filme: Disponível no Netflix

Gênero: Ação
Duração: 118 Minutos [1h58]

Classificação Indicativa: 18 Anos
Inadequações: Violência Extrema, Conteúdo Sexual, Drogas e Linguagem Imprópria

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