Obsessão

Obsessão é aquele filme que já vimos antes uma porrada de vezes, revelando-se um suspense bem genérico e que ainda tem uma ótima atuação de Chloë Grace Moretz e um final muito legal de tão satisfatório, e que é uma pena que esteja a serviço de um filme bem razoável.
Narrando a história de uma jovem que entrega uma bolsa perdida em um metrô para uma mulher solitária e boazinha que passa a se tornar cada vez mais obcecada pela garota, não tem como negar que o filme possui uma história que não é das mais originais, e acredito que escalar uma atriz do calibre de Isabelle Huppert (ela participar desse filme é um mistério para a Sétima Arte) seja uma maneira de compensar isso (e ainda dar um peso bem maior ao filme do que merecia), e apenas por esse fato faz o primeiro ato soar fascinante ao observarmos duas personagens que a partir de uma amizade parecem encontrar uma maneira de compensar perdas irreparáveis uma na outra, e que nos leva a questionar se aquela amizade é de fato uma amizade mesmo ou se ambas estão preenchendo vazios na alma. Qualquer ambição narrativa é prontamente descartada quando o filme vai se tornando cada vez mais estúpido e beirando o exagero, e passa a ser difícil encontrar razões para defender o filme que tem sua história narrada de uma maneira séria quando um tipo de história assim deve ser feita de maneira descompromissada. Não que o filme não tenha seus momentos: a sequência que uma personagem é perseguida e acompanhamos tudo por fotos é tensa e nervosa, assim como o seu clímax, muito mais tenso. Já em outros momentos vemos Isabelle Huppert explodindo na caricatura ao empurrar uma mesa ao chão em um restaurante ou dançando descalça pela sua casa, tudo ao som de música clássica que deixa a cena mais constrangedora do que sinistra, além de desnecessárias sequências de pesadelo.
Ao menos criando um desfecho extremamente satisfatório e que “lava a alma” do espectador, Obsessão é só mais um filme genérico, e que ao menos conta com boas atuações (se Isabelle Huppert jamais consegue modular sua atuação entre uma mulher insana ou a de um personagem caricato, ao menos Maika Monroe rouba o filme em qualquer cena, especialmente no clímax, mas Chloë Grace Moretz se destaca justamente por levar o filme tão a sério e sua atuação é extremamente convincente nos levando a acreditar no pânico e pavor da protagonista frente à uma mulher mentalmente desequilibrada), uma direção irregular, uma fotografia excelente (e que tem uma paleta de cores elegante e sempre bonita, criando planos simples e esteticamente bonitos como aquele dentro de um cinema), um ótimo design de produção, uma história envolvente e tensa, enfim, é um filme bem razoável. No Elenco de Primeira do Filme está: Isabelle Huppert (A Câmera De Claire e Elle), Chloë Grace Moretz (Suspíria – A Dança Do Medo e dublou A Família Addams), Maika Monroe (Mark Felt: O Homem Que Derrubou a Casa Branca e Tau), Colm Feore (Maligno e seriado The Umbrella Academy) e Stephen Rea (Lobisomem: A Besta Entre Nós e Anjos Da Noite: O Despertar). E na Direção está: Neil Jordan (Byzantium – Uma Vida Eterna e Ondine).
Nota: 5!!!!
Status do Filme: Disponível no Amazon Prime Video

Gênero: Suspense
Duração: 98 Minutos [1h38]

Classificação Indicativa: 14 Anos
Inadequação: Violência
Tema: Obsessão