The Last Days Of American Crime

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Lançado Diretamente no Netflix no Brasil e nos EUA. The Last Days Of American Crime consegue a façanha de ser um filme de ação chato, insuportavelmente longo e com qualidades pífias para torná-lo um desperdício de tempo, até mesmo para quem estava envolvido nele.
Trazendo um grupo de ladrões que decidem fazer um roubo a poucos dias do governo utilizar um sinal que inibe qualquer atividade criminosa, The Last Days Of American Crime traz uma premissa absurda – e divertida – o suficiente para um filme descompromissado e divertido. O que vemos é um filme extremamente inchado e dizer que o filme é longo é apenas o aviso da tortura que será assisti-lo, já que consegue dar a sensação de estarmos vendo um filme muito, mas muito mais longo do que aparenta ser (nem O Irlandês – que tem uma hora a mais que esse aqui – consegue provocar isso). O pior é que o filme acredita ter uma história aparentemente complexa e com material suficiente para preencher e justificar tamanha duração, inflando mais e mais a história com personagens desnecessários (Qual a necessidade do policial interpretado por Sharlto Copley na história? O que é a sequência da discussão em família na metade do filme e no que ela serve para o filme?), desviando da sua própria premissa (a ideia do roubo é estabelecida ainda no início do filme, mas só é retomada quando o filme se encaminha para o terceiro ato) e aos poucos, vai perdendo o interesse do espectador, e o filme provavelmente não passaria de uma hora e meia se o enxugássemos bem (e que seria suficiente para contar a história de maneira direta, algo que a montagem aqui pensa que mais é melhor).
Conseguindo a proeza de criar sequências de ação enfadonhas e sem o mínimo de empolgação ou adrenalina, o filme surpreende apenas em seu terceiro ato ao inserir duas reviravoltinhas que injetam um pouco de vida no filme, mas que esse pouco de vida morre logo em seguida, já que descobrimos que ainda tem mais trinta minutos de filme pela frente. Encerrando ao som de Personal Jesus do Depeche Mode, parece até que essa ótima música foi usada para dar um ar mais cool ao encerramento (e essa é a sua intenção), mas ela serve mais para tirar um pouco do gosto amargo que o filme deixa na boca. Agora, se você não gosta da música, a sensação deve ser ainda pior. Na verdade, acho que todos que assistirem ao filme vão se sentir exaustos ao conseguir concluí-lo, e principalmente, que conseguiram sobreviver a ele.
Contando com atuações fracas (o ótimo Edgar Ramírez parece se esforçar para criar um bom personagem, mas é vencido pelo roteiro, Anna Brewster serve apenas como objeto na história e Sharlto Copley é desperdiçado pelo filme, mas Michael Carmen Pitt é o destaque do filme já que sua divertida atuação e sua caracterização próxima da caricatura quase chega a compensar pelo filme, mas não o suficiente para salvá-lo do desastre), uma direção péssima (e o diretor Olivier Megaton parece fazer jus ao sobrenome, já que o filme é mega no pior sentido da palavra e o diretor parece ter perdido o controle do filme sem sequer conseguir criar tensão, e seus últimos filmes indicam que era Luc Besson que controlou seus filmes de ser um desastre), uma fotografia decente, um design de produção eficaz em sua construção de universo, mas completamente desperdiçada pelo filme, efeitos especiais e sonoros até que decentes, uma fraca trilha sonora, enfim, um filme fraquíssimo que não consegue nem a audácia de ser tão ruim que chega a ser bom. Baseado na Graphic Novel de Rick Remender e Greg Tocchini. No Elenco de Primeira do Filme está: Edgar Ramírez (Bright e Ouro), Michael Carmen Pitt (A Vigilante Do Amanhã – Ghost In The Shell e Mente Criminosa), Anna Brewster (Sra. Henderson Apresenta) e Sharlto Copley (Gringo – Vivo Ou Morto e Free Fire: O Tiroteio). E na Direção está: Olivier Megaton (Colombiana – Em Busca De Vingança e Busca Implacável 2 e 3).
Nota: 1!!!!
Status do Filme: Disponível no Netflix

Gênero: Ação
Duração: 148 Minutos [2h28]

Classificação Indicativa: 16 Anos
Inadequações: Violência, Conteúdo Sexual e Drogas
Tema: Crimes

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