Anna – O Perigo Tem Nome

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Anna – O Perigo Tem Nome é uma besteira que se julga inteligente e que soa como uma versão mais estúpida dos superiores Atômica e Operação Red Sparrow.
Trazendo uma história de espionagem envolvendo a KGB e a CIA com a protagonista no meio disso tudo, Anna – O Perigo Tem Nome traz uma sequência inicial absolutamente tensa e impactante, que já dá o ponto ideal para a construção de um clima mais tenso. Infelizmente, o diretor Luc Besson toma diversas decisões erradas a partir dali, e boa parte do fraquíssimo primeiro ato que apresenta Anna e sua vida de modelo soa completamente deslocado com esse início impactante, e se a lógica por trás disso é justamente dar a impressão de estarmos vendo um filme diferente do que o visto antes, pior ainda é quando começa a trazer flashbacks praticamente frequentes – e que se tornam irritantes pelo excesso – ao longo do filme todo (inclusive em seus últimos minutos), com o objetivo de trazer reviravoltas, explicá-las ao espectador (que aparentemente o diretor julga incapaz de acompanhar sua história “complexa”), e também para dar a sensação de ser um filme complexo, que nada mais é que uma versão bem menos inteligente de Operação Red Sparrow e Atômica, faltando desde uma história minimamente inteligente/cerebral ou o clima de tensão absurdo do primeiro, e muito menos as sequências de ação memoráveis do segundo.
E ao se levar bem mais a sério do que o necessário, isso acaba escancarando a pura besteira que o filme é (e a comparação com os filmes citados acaba sendo inevitável), e se ao menos, o filme não se levasse tão a sério ou pelo menos encarasse a si próprio como uma diversão descartável (algo que Luc Besson é mais que conhecido pelos filmes que dirige, escreve e produz), Anna – O Perigo Tem Nome seria uma diversão bem aceitável, do jeito que veio, é um filme fraquinho.
Trazendo atuações decentes (Sasha Luss traz uma atuação bastante irregular, e se a atriz consegue convencer nas sequências de ação, quando a atriz precisa expressar emoções mais fortes, a atriz surge inexpressiva e entrega seu limitado alcance dramático, Lera Abova surge adorável em sua personagem, e se Luke Evans e Cillian Murphy são eficientes, Helen Mirren diverte com sua atuação quase caricatural), uma direção razoável (que se erra gravemente em seu início e em tentar soar complexo, o diretor exagera na sexualização da protagonista, e as cenas de sexo são retratadas de uma forma exagerada que beiram o cômico), uma competente fotografia, uma trilha sonora razoável, bons efeitos especiais e sonoros, enfim, é um filme razoável. No Elenco de Primeira do Filme está: Sasha Luss, Luke Evans (Midway – Batalha Em Alto-Mar e Mistério No Mediterrâneo), Lera Abova, Cillian Murphy (A Festa e Dunkirk) e Helen Mirren (A Grande Mentira e dublou O Grande Ivan). E na Direção está: Luc Besson (Valerian e a Cidade Dos Mil Planetas e Lucy).
Nota: 5!!!!!
Status do Filme: Disponível em Plataformas Digitais e no Netflix

Gênero: Ação/Suspense
Duração: 119 Minutos [1h59]

Classificação Indicativa: 16 Anos
Inadequações: Violência Extrema, Conteúdo Sexual e Drogas
Tema: Serviço Secreto

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